28.1.10

Impressões.

Sempre fui meio errante. Acho interessante essa liberdade de fazer as coisas somente quando sinto vontade. E isso se estende a escrever, se refere a contar detalhes de minha vida, eu sempre protelo, deixo para depois. Mas isso tem motivo, claro, tudo tem um. Nem tudo muda, portanto, não existe necessidade latente, a não ser que aconteça. Não, isso não quer dizer que aconteceu. Quer dizer, aconteceu, enfim. Estou a remexer os baús do passado e vejo o qual incrível é capacidade que eu tenho de chorar pelo que passou. Passou como a uva-passa, literalmente, machucadinha, cheia de ruguinhas. Mesmo assim me vieram lembranças agradáveis de momentos que eu deveria esquecer. E incrível, sinto-me confortável. Aquele almejado conforto de quem aprende com o tempo, não que ele ensine, nem que ele cure. O papel do tempo é diminuir a dimensão das coisas, e isso vale pra tudo, e sinto que a dimensão foi diminuída, de fato. Hoje lembro com ternura do que foi meu pesadelo. Se eu for seguir a risca meu raciocínio, é breve que eu tema. Um dia posso estar mergulhada em meu pesadelo de novo.

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