5.1.10

Feliz Ano Velho

Coisa péssima essa expectativa de um Ano Novo. Roupa nova, sapato novo, calcinha nova, um monte de dividas, tudo isso pra passar a virada do ano deitada em um tanto de edredons empilhados, fingindo serem uma cama, dopada de remédio pra cardiopatia.
Tudo isso começou porque eu mandei fazer um lindo vestido pra passar o fim de ano. E quando estava na costureira, descobri que o vestido estava um tanto... justo. Advinha? Dieta líquida durante 3 dias seguidos, shakes para emagrecer e muita folha no almoço. Acontece que eu sou uma pessoa um tanto doente, com problemas metabólicos, e esse coquetel molotov de coisas sem o mínimo de substância me causou um problemão. No momento em que eu coloquei a primeira garfada de substância no organismo, a pressão subiu, o coração acelerou e eu tive que me deitar, tomar meu remédio e esquecer das várias garrafas de sidra que eu havia comprado para brindar o novo ano. Resultado: passei o ano novo praticamente de cama, e ainda tive que ouvir do meu namorado se ele podia me deixar na cama pra sair com os amigos e curtir a festa na cidade ao lado.
Por isso que eu odeio essa expectativa, ou, pelo menos, passei a odiar. Foi como se as coisas continuassem da mesma forma que sempre, sem rituais, sem pessoas legais, só um chão de concreto duro e sensação de desmaio, mesmo estando em um lindo vestido de seda azul. Comecei o ano com o pé esquerdo. Tomara que ele não termine assim também, porque chego a tremer só de pensar que ele só está começando...

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